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É PRECISO QUERER VENCER!

 

A diretoria do Corinthians contratou o técnico Tite para arrumar a casa destroçada com a bisonha passagem de Adílson Batista pelo Parque São Jorge.

Tite é uma figura educada, polida, simpática, articulada e cheia de predicados que fazem com que o grupo de jogadores o respeitem como comandante. Com a imprensa, nada é muito diferente. Sempre à disposição, amistoso, paciente e coerente no trato com os jornalistas.

Dentro das 4 linhas, o time de Tite é um time que se preocupa muito com o aspecto defensivo, ponto alto da escola gaúcha. A posse de bola e o contra-ataque são suas principais armas para bater o adversário.

Tudo isso é legal? Sim, se não estivéssemos falando do Corinthians.

O Timão foi escalado com 3 volantes (Ralf, Elias e Jucilei), 1 meia (Bruno César) e 2 atacantes (Iarley e Ronaldo). Até aí, nenhuma novidade, pois era esse o time que 8 entre 10 técnicos escalariam. Já o Flamengo, entrou com 2 volantes (Maldonado e Willians), 1 meia (Renato Abreu) e 3 atacantes (Diogo, Deivid e Diego Maurício – este último, que não sabe nem andar).

O Timão dominou as ações no 1º tempo e foi premiado com um gol de Ronaldo aos 31 minutos de jogo. O problema foi a volta do intervalo. Logo a 2 minutos o Flamengo empatou numa falha coletiva da defesa corinthiana. Com o empate, o Flamengo cresceu e o Corinthians recuou. Luxemburgo fez 3 alterações e manteve o rubro-negro com 3 atacantes até o final. Já Tite, mexeu na equipe colocando Paulinho e Danilo nos lugares de Iarley e Bruno César e ficou apenas com Ronaldo isolado na frente esperando lançamentos longos. Veja bem: com um time que se propôs a jogar no contra-ataque, o responsável por puxar tal jogada era Ronaldo, com 34 anos, recém-recuperado de contusão e pesado. Somente com 41 minutos o técnico corinthiano colocou Matias Defederico para “resolver”. O argentino pegou 3 vezes na bola: na primeira ele errou um passe de 1 metro e meio; na segunda ele errou um passe de 2 metros; e na terceira ele passou o pé em cima da bola duas vezes e tocou pra trás. Ou seja, não fez p… nenhuma. Aliás, uma coisa não pode deixar de ser dita: Defederico vem se mantendo na média. Toda vez que joga não faz absolutamente nada. E o jogo ficou mesmo no 1 x 1.

É preciso saber exatamente o que o Corinthians quer para esse final de ano. A impressão que ficou quarta-feira no Engenhão é que o Corinthians jogou para garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem, e não para conquistar o título. No 2º tempo o Corinthians foi um time covarde dentro de campo. Contentou-se com o empate e abdicou de querer vencer a partida. Por quê?

Gente, começamos a rodada com apenas 1 ponto atrás dos líderes, podendo terminar a rodada na liderança. O espírito teria que ser ousado, ofensivo e em busca da vitória – óbvio que com as cautelas de praxe. Teríamos que ter pressionado o Flamengo. O Engenhão é campo neutro. O Flamengo não tem mais nada a fazer no Brasileirão, mas o Corinthians briga pelo título. Não dá para admitir covardia nessa altura do campeonato. O torcedor quer o título. Vaga para Libertadores é consequência. O Corinthians tem que brigar para ser campeão. Não dá para depender de tropeços das outras equipes. O Timão tem que fazer sua parte. Mas parece que o Tite não entendeu isso ainda. Em 7 partidas, o Tite pode levantar o caneco do Brasileirão. O Celso Roth precisou de 4 partidas para ser campeão da Libertadores pelo Internacional. Será que o técnico do Corinthians não percebeu que pode entrar para história como o técnico que ganhou o 5º título brasileiro pelo Corinthians no ano do centenário do clube? E outra coisa: os jogadores têm que entrar em campo com vontade de vencer. Condeno a entrada do Defederico faltando 7 minutos para o fim do jogo. Porém, também condeno o fato de o argentino não ter feito p… nenhuma durante o tempo que permaneceu em campo e durante todas as suas participações no alvinegro.

O Corinthians tem que partir pra cima. Prefiro que o Timão perca, mas pelo menos tenha se esforçado para ser campeão, a empatar covardemente. Pensar pequeno nunca foi a filosofia do Corinthians. Contentar-se com vaga na Libertadores é pensar pequeno para um time que liderou o campeonato por inúmeras rodadas. Libertadores tem que ser consequência, e não objetivo. O objetivo deve ser o título brasileiro e, para isso, é preciso querer vencer.

Luís Cláudio De Paula, O Canhão.

Uma resposta

  1. É isso ai Luisão!!! Parabéns pelo belo texto… realmente temos que entrar para sermos campeões. Mas eu acredito ainda!!!

  2. Quem joga fora de casa pra empatar é o Cricíuma… o Corinthians é grande demais, tem gente la pensando pequeno, pensando apenas na tal vaguinha da Neurose…brasileirão é taça e nao torneio eliminatório.

    abçs Canhão!

  3. Está difícil, de acreditar o Timão desanimado do jeito que está,e a diretoria deixando juizes conhecidos por prejudicar o Timão apitarem os jogos está difícil,mas, VAMOS TIMÃO NÃO PARE NUNCA DE LUTAR !

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