Voz Da Arquibancada ESPECIAL!

 

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É PRECISO QUERER VENCER!

 

A diretoria do Corinthians contratou o técnico Tite para arrumar a casa destroçada com a bisonha passagem de Adílson Batista pelo Parque São Jorge.

Tite é uma figura educada, polida, simpática, articulada e cheia de predicados que fazem com que o grupo de jogadores o respeitem como comandante. Com a imprensa, nada é muito diferente. Sempre à disposição, amistoso, paciente e coerente no trato com os jornalistas.

Dentro das 4 linhas, o time de Tite é um time que se preocupa muito com o aspecto defensivo, ponto alto da escola gaúcha. A posse de bola e o contra-ataque são suas principais armas para bater o adversário.

Tudo isso é legal? Sim, se não estivéssemos falando do Corinthians.

O Timão foi escalado com 3 volantes (Ralf, Elias e Jucilei), 1 meia (Bruno César) e 2 atacantes (Iarley e Ronaldo). Até aí, nenhuma novidade, pois era esse o time que 8 entre 10 técnicos escalariam. Já o Flamengo, entrou com 2 volantes (Maldonado e Willians), 1 meia (Renato Abreu) e 3 atacantes (Diogo, Deivid e Diego Maurício – este último, que não sabe nem andar).

O Timão dominou as ações no 1º tempo e foi premiado com um gol de Ronaldo aos 31 minutos de jogo. O problema foi a volta do intervalo. Logo a 2 minutos o Flamengo empatou numa falha coletiva da defesa corinthiana. Com o empate, o Flamengo cresceu e o Corinthians recuou. Luxemburgo fez 3 alterações e manteve o rubro-negro com 3 atacantes até o final. Já Tite, mexeu na equipe colocando Paulinho e Danilo nos lugares de Iarley e Bruno César e ficou apenas com Ronaldo isolado na frente esperando lançamentos longos. Veja bem: com um time que se propôs a jogar no contra-ataque, o responsável por puxar tal jogada era Ronaldo, com 34 anos, recém-recuperado de contusão e pesado. Somente com 41 minutos o técnico corinthiano colocou Matias Defederico para “resolver”. O argentino pegou 3 vezes na bola: na primeira ele errou um passe de 1 metro e meio; na segunda ele errou um passe de 2 metros; e na terceira ele passou o pé em cima da bola duas vezes e tocou pra trás. Ou seja, não fez p… nenhuma. Aliás, uma coisa não pode deixar de ser dita: Defederico vem se mantendo na média. Toda vez que joga não faz absolutamente nada. E o jogo ficou mesmo no 1 x 1.

É preciso saber exatamente o que o Corinthians quer para esse final de ano. A impressão que ficou quarta-feira no Engenhão é que o Corinthians jogou para garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem, e não para conquistar o título. No 2º tempo o Corinthians foi um time covarde dentro de campo. Contentou-se com o empate e abdicou de querer vencer a partida. Por quê?

Gente, começamos a rodada com apenas 1 ponto atrás dos líderes, podendo terminar a rodada na liderança. O espírito teria que ser ousado, ofensivo e em busca da vitória – óbvio que com as cautelas de praxe. Teríamos que ter pressionado o Flamengo. O Engenhão é campo neutro. O Flamengo não tem mais nada a fazer no Brasileirão, mas o Corinthians briga pelo título. Não dá para admitir covardia nessa altura do campeonato. O torcedor quer o título. Vaga para Libertadores é consequência. O Corinthians tem que brigar para ser campeão. Não dá para depender de tropeços das outras equipes. O Timão tem que fazer sua parte. Mas parece que o Tite não entendeu isso ainda. Em 7 partidas, o Tite pode levantar o caneco do Brasileirão. O Celso Roth precisou de 4 partidas para ser campeão da Libertadores pelo Internacional. Será que o técnico do Corinthians não percebeu que pode entrar para história como o técnico que ganhou o 5º título brasileiro pelo Corinthians no ano do centenário do clube? E outra coisa: os jogadores têm que entrar em campo com vontade de vencer. Condeno a entrada do Defederico faltando 7 minutos para o fim do jogo. Porém, também condeno o fato de o argentino não ter feito p… nenhuma durante o tempo que permaneceu em campo e durante todas as suas participações no alvinegro.

O Corinthians tem que partir pra cima. Prefiro que o Timão perca, mas pelo menos tenha se esforçado para ser campeão, a empatar covardemente. Pensar pequeno nunca foi a filosofia do Corinthians. Contentar-se com vaga na Libertadores é pensar pequeno para um time que liderou o campeonato por inúmeras rodadas. Libertadores tem que ser consequência, e não objetivo. O objetivo deve ser o título brasileiro e, para isso, é preciso querer vencer.

Luís Cláudio De Paula, O Canhão.

Por Onde Anda 3/3

 Por Paulo Unzelte:

Lá vai a última parte da lista dos times da capital que o Corinthians enfrentou ao longo dos seus 100 anos. Destaques para o Nacional da rua Comendador Souza, que por algum tempo foi um rival tradicional, mas que nas últimas décadas é mais conhecido pelas categorias de base, o São Paulo da Floresta, que para muitos é o São Paulo atual, e o Guapira, uma equipe que o Timão nunca enfrentou, mas que vale a pena cita-la.

LUZITANO 

Este é conhecido como o Luzitano II, já que houve uma equipe com o mesmo nome e que já foi destacada na primeira parte desta matéria. O Luzitano Futebol Clube é mais um daqueles times discretos que se contentavam em ser coadjuvantes no futebol paulista. Após disputar as divisões menores do Campeonato Paulista em parte da década de 1920 e 1930, conquistou uma vaga no Campeonato Paulista de 1936 promovido pela Liga Paulista de Futebol, disputando esta competição também em 1937 e 1938, sempre com campanhas muito ruins. O Corinthians enfrentou o Luzitano em oito oportunidades, tendo vencido cinco e empatado três, sendo que o alvinegro marcou 25 vezes e o Luzitano oito.

NACIONAL

O Nacional é o antigo SPR – São Paulo Railway. Antes de começar a destacar este clube, é preciso citar uma curiosidade importantíssima para o próprio futebol brasileiro. Em 14 de abril de 1895 foi disputada a primeira partida de futebol do Brasil entre as equipes dos funcionários da São Paulo Railway e da Companhia de Gás. Isto não significa que o SPR foi o time que jogou esta partida, pois somente em 16 de fevereiro de 1919 que funcionários da São Paulo Railway se organizam e formam um time para jogar com certa freqüência. Entre 1924 e 1936, o time disputa alguns Campeonato Paulista das divisões inferiores, até que em 1936 é convidado para disputar o torneio estadual promovido pela Liga Paulista de Futebol. O SPR também é um dos clubes fundadores da atual Federação Paulista de Futebol. Em 1939 o clube acaba o Paulistão em quarto lugar, sua melhor posição no torneio em toda a história. A concessão da São Paulo Railway acabou em 1946, obrigando a mudança de nome para Nacional Atlético Clube a partir de 1947. Apesar das campanhas discretas, na maioria das vezes o clube ficava nas últimas posições, disputou a divisão principal do Campeonato Paulista até 1953, quando ficou em último lugar e foi rebaixado. Não concordou em disputar a segundona e se afastou das competições oficiais em 1954 e 1955, voltando em 1956 para a primeirona numa “viradinha de mesa” ao aumentar o número de equipes no campeonato (de 14 para 18 times) que o favoreceu. O Nacional permaneceu na elite até 1959, quando é novamente rebaixado. Desde então o clube alterna as participações entre a segunda divisão e a terceira, além de ter se licenciado das competições oficiais em 1972, 1973 e 1975.

O Corinthians nunca deixou de marcar um gol nos confrontos contra o SPR ou contra o Nacional. Para facilitar o entendimento em relação às épocas, vou dividir as estatísticas entre os dois nomes, finalizando com um quadro geral.

Corinthians x SPR

 Foram 25 jogos, com 22 vitórias corintianas e três empates. O Coringão marcou 91 gols e levou 35. O primeiro confronto entre as duas equipes aconteceu no Paulista de 1936, e o Timão goleou por 7 a 0.

Corinthians x Nacional

  A tradição continuou, e mesmo mudando o nome para Nacional, o Corinthians continuou massacrando os “ferroviários”. Em 26 partidas, o Timão venceu 23, empatou duas e perdeu apenas uma. O alvinegro fez 93 gols e tomou 26. O primeiro confronto com o recém-batizado Nacional foi pelo Paulistão de 1947 e o Corinthians venceu por 4 a 0. A única derrota para o Nacional aconteceu pelo Campeonato Paulista de 1949, pelo placar de 2 a 1 em pleno Parque São Jorge.

A última vez em que houve o confronto foi num amistoso em 1963, em que o Coringão venceu por 2 a 0.

No total, foram disputadas 51 partidas, com 45 vitórias do Corinthians, 5 empates e apenas uma derrota. O ataque corintiano fez 184 gols, enquanto a defesa sofreu 61 tentos.

 

Por Onde Anda

O Nacional passou a ser mais conhecido pelas novas gerações como um clube que investe no futebol de base. Tanto que conquistou a Copa São Paulo de Juniores em duas oportunidades (1972 e 1988), além de ter revelado nomes como Deco, Dodô e o lateral-direito Paulo César. Também é conhecido por ser o proprietário do estádio Nicolau Alayon, que se localiza na mesma avenida dos centros de treinamento do São Paulo e Palmeiras. Em 2010 disputou a Segunda Divisão (antiga Quarta Divisão), quando chegou à fase final, porém não alcançou a promoção.

NITRO-QUÍMICA

Outro time formado por funcionário de uma empresa, neste caso a Nitro-Química. Profissionalizou-se em 1961 e disputou a terceira divisão do Campeonato Paulista de 1961 a 1965, quando desativou seu departamento profissional. Jogou contra o Corinthians em duas oportunidades, ambas amistosas no campo do Nitro, em São Miguel Paulista. Na primeira vez, em 1961, o Timão venceu por 7 a 1. Só que em 1964, o Nitro-Química venceu por 1 a 0.

REPÚBLICA

Mais um mero coadjuvante. Graças à cisão das ligas em 1926, o República chegou pela única vez à elite do futebol Paulista no torneio organizado pela APEA em 1927. O detalhe mais interessante desta participação é que o República utilizava os mesmos jogadores da A.A.São Bento, que disputava o campeonato da LAF. Corinthians e República só se enfrentaram uma vez. Foi no Paulistão de 1927 e o Corinthians venceu por 2 a 1.

SÃO PAULO ALPARGATAS

Mais um time formado por funcionários de uma empresa localizada na capital de São Paulo. Disputou a terceira divisão do Paulista em 1924 e 1925, segunda divisão em 1926 e de 1928 a 1932, retirando-se das disputas oficiais desde então. A única vez que jogou na elite foi em 1927. O único confronto com o Corinthians segue o mesmo caso do Antarctica, pois aconteceu no Campeonato Paulista de 1927, organizado pela LAF. O Timão venceu por 5 a 1, porém o alvinegro se retirou do campeonato para disputar o torneio organizado pela APEA.

SÃO PAULO DA FLORESTA

 

Este São Paulo Futebol Clube causa uma enorme confusão, pois ele foi fundado em janeiro de 1930 e extinto em maio de 1935. O curioso é que o clube ficou inativo por cerca de sete meses, até ser fundado novamente em dezembro de 1935 como o atual São Paulo, com o mesmo distintivo e uniforme. Muitos historiadores não concordam que o São Paulo da Floresta e o São Paulo atual sejam uma única equipe (faço parte deste grupo).

O São Paulo da Floresta surgiu graças à união de grande parte dos jogadores e alguns membros da diretoria do Paulistano e alguns outros jogadores e diretores da A.A.Palmeiras. O apelido que incorporava o termo Floresta deveu-se ao fato do seu estádio estar localizado na Chácara da Floresta. Vale lembrar que o nome São Paulo da Floresta nunca foi o oficial.

O São Paulo da Floresta disputou o seu primeiro Campeonato Paulista em 1930, conquistando o primeiro e único título estadual em 1931. O clube ficou conhecido pelos vice-campeonatos paulistas de 1930, 1932, 1933 e 1934. O estigma de vice continuou no Torneio Rio-São Paulo de 1933.

O seu fim teve início quando foi comprada uma sede luxuosa no centro da cidade de São Paulo. Com uma enorme dívida, 190 contos de réis, foi instaurada uma crise entre os dirigentes do São Paulo da Floresta, culminando que alguns destes dirigentes decretassem a fusão do clube com o Clube de Regatas Tietê e o fim do departamento de futebol. Outro grupo de dirigentes favoráveis à continuação do São Paulo da Floresta foram à Justiça e conseguiram impugnar a fusão. Durante a confusão, alguns jogadores do clube decidem fundar o Independente Esporte Clube, que durou pouquíssimo tempo. Após todo o imbroglio jurídico, a fusão do Tietê foi aprovada, decretando o fim do departamento de futebol profissional.

Corinthians e São Paulo da Floresta se enfrentaram em 14 oportunidades com duas vitórias corintianas, quatro empates e oito derrotas. O Corinthians marcou 17 gols e suas redes foram vazadas em 35 oportunidades.

 

SILEX

Time formado por jogadores da fábrica Silex. Conquistou o título da segunda divisão do Campeonato Paulista em 1925, o que lhe valeu o convite da APEA para disputar o torneio organizado pela entidade em 1926. Joga ainda o Paulista de 1927 e disputa novamente a segundona em 1928. Volta à elite e disputa o seu último campeonato oficial em 1929. Enfrentou o Corinthians quatro vezes, com três vitórias corintianas e um empate. O Timão fez 16 gols e tomou apenas dois.

 

SÍRIO

A grande importância do Sírio para o futebol paulista foi a venda do terreno do Parque São Jorge para o Corinthians em 1926. O Sírio foi fundado em 1917, impulsionado pela onda da fundação de clubes de colônias. Dedicou-se ao futebol a partir de 1918. Jogou a segunda divisão do Campeonato Paulista nos anos de 1918 a 1920 e a primeirona de 1921 a 1934, quando abandona as competições oficiais. É conhecido como um dos mais tradicionais clubes sociais de São Paulo, sendo que é um dos mais tradicionais e fortes times de basquete do Brasil. Foram 29 confrontos entre Corinthians e Sírio, com 21 vitórias corintianas, com destaque a um 10 a 1 no Campeonato Paulista de 1933, dois empates e seis vitórias do Sírio. O Timão fez 79 gols e tomou 38.

 

A EXCEÇÃO

 

GUAPIRA

 

O clube se localiza no bairro do Jaçanã, na zona norte de São Paulo. Fundado em 1918, era um dos grandes times da várzea paulistana, tanto que em 1982 profissionaliza-se e disputa a terceira divisão do Campeonato Paulista. Nunca disputou a elite do futebol paulista, e, assim como Nacional e Juventus, sentiu na “própria pele” o encarecimento do futebol – fazendo com que o clube se licencie das competições oficiais em 2008. Nunca enfrentou o Corinthians.

 

 

 

A partir da próxima semana o papo é a galera do estado de São Paulo. E olha que tradição não falta para equipes como Ferroviária, Jabaquara, XV de Jaú, XV de Piracicaba, São Bento, Esportiva de Guará, Francana, entre muitos outros!

Por onde anda – Parte 2/3

Por Paulo Unzelte

  

Como prometi na semana passada, volto a enfocar os times da cidade de São Paulo que enfrentaram o Corinthians a partir da década de 1920. Tudo bem que a cidade de São Paulo não é nenhuma Buenos Aires, que conta com vários times de bairros – somente na primeira divisão de 2010 há sete equipes, porém você irá se surpreender com a quantidade de equipes que existiram. Também não poderia esquecer de destacar aqueles times que “lutam a duras penas” para sobreviver e que se caracterizaram na história como verdadeiras “asas negras” para o Timão.

ALBION

Em 1932 o São Paulo Alpargatas mudou de nome e passou a ser designado como Albion. O único encontro com o Corinthians na história como Albion aconteceu em 1936 pelo Campeonato Paulista. Aliás, em 1936 houve dois torneios estaduais, sendo que um foi APEA – Associação Paulista de Esportes Atléticos – e outro pela LPF – Liga Paulista de Futebol. Foi pelo Paulista da LPF que o Corinthians venceu o Albion por 3 a 1, no primeiro turno, já que o clube desistiu do torneio no final desta fase.

AUTO

                                       

A história deste clube é bem complicadinha. Nos primórdio havia dois clubes: o Audax, tradicional clube da várzea, e o Auto, que na realidade era o antigo Braz – que anteriormente era o Minas Gerais – este último citado na parte 1 desta matéria. O Auto disputou os Campeonatos Paulistas de 1925 e 1926 e depois passou por uma séria crise financeira, que acabou obrigando-o a se fundir com o Audax, criando assim o Esporte Clube Americano, que só era chamado pela imprensa da época como Auto-Audax. Com o novo nome disputou apenas o Paulista de 1927. Os três encontros com o Corinthians aconteceram ainda na época em que se chamava apenas Auto e o Coringão não se deu bem. No Paulista de 1925 houve um empate por 2 a 2, que custou o título para o alvinegro. Já no Paulista do ano seguinte o Timão perdeu por 2 a 1, sendo que o Auto acabou o torneio como vice-campeão e o Corinthians na terceira posição. No amistoso realizado ainda em 1926 aconteceu um novo empate em 1 a 1.

ANTARCTICA

Esta equipe era mantida pela Companhia Antarctica Paulista de Bebidas. Disputou o campeonato estadual desde 1917, só que nas divisões inferiores da APEA. A primeira vez que jogou a primeirona foi em 1926, só que num torneio organizado pela LAF (Liga Amadora de Futebol), vindo a enfrentar o Corinthians apenas no Campeonato Paulista de 1927, também organizado pela LAF. O Timão venceu por 4 a 2, porém o alvinegro se retirou do campeonato para disputar o torneio organizado pela APEA. O Corinthians já havia encontrado esta equipe em 1916, quando a venceu numa partida eliminatória (8 a 0) para a disputa do Paulista organizado pela LPF (Liga Paulista de Futebol).

O Antarctica chegou ao fim quando se fundiu com o Internacional, que tinha sido uma das grandes equipes na década de 1910, originando o Clube Atlético Paulista em 1934.

BARRA FUNDA

Disputou uma única vez a primeira divisão do campeonato estadual organizada pela APEA em 1927, quando foi derrotado por 4 a 1 pelo Coringão. O Barra Funda disputou a segunda divisão do Paulista entre 1918 a 1920, 1922, 1924 a 1926 e de 1928 a 1930, ano em que deixou de jogar competições oficiais.

 

COMERCIAL

Apesar de atualmente ser praticamente desconhecido pelos torcedores mais novos, o Comercial da Capital foi fundado em 1939 com a intenção de ser o segundo time dos torcedores dos rivais. Por esta razão ganhou o mote de “O mais simpático”. É também um dos 11 clubes fundadores da atual Federação Paulista de Futebol.

Apesar de esforçado, o Comercial era um verdadeiro “saco de pancadas” das equipes grandes. Mesmo com os maus resultados, o clube conseguiu revelar alguns jogadores, com destaque para Dino Sani (que depois brilharia no Corinthians) e o centroavante Gino Orlando. O Comercial fundiu-se em 1953 com o São Caetano Esporte Clube, dando origem à Associação Atlética São Bento de São Caetano do Sul. Após quatro anos, o Comercial desiste da união e volta a usar seu nome original e disputa o Campeonato Paulista em 1958. Com campanhas fracas, o time cai para a segunda divisão em 1960 e para a terceirona em 1961. A situação crítica faz com que o Comercial desative sua equipe profissional neste mesmo ano. O clube passa então a disputar campeonatos oficiais da Federação Paulista de Futebol das categorias de base, quando encerra definitivamente as suas atividades no final da década de 1960.

Foram 33 confrontos contra o Corinthians, sendo que o primeiro foi pelo Campeonato Paulista de 1939 (4 a 0) e o último em 1959, também pelo Paulistão, com nova vitória corintiana por 1 a 0. No total, o Timão venceu 29 jogos, empatou dois e perdeu dois, marcando 121 gols e tomando 39 tentos.

ESTUDANTES E ESTUDANTES PAULISTA

Vou abrir uma exceção e juntar duas equipes num só verbete. O Estudantes surgiu quando o São Paulo da Floresta faliu, quando alguns jogadores decidiram fundar um novo clube. A fundação foi bem recebido pela imprensa da época, que chegou a considerar o Estudantes uma das forças do futebol paulista. Porém a realidade era outra e com uma torcida insignificante, o Estudantes se uniu ao Clube Atlético Paulista (vide o Antarctica) em 1938 e passou a se chamar Estudantes Paulista. Com a nova designação, a equipe disputa apenas uma partida e se funde ao atual São Paulo. Foram apenas cinco confrontos com o Corinthians entre 1936 e 1937, sendo quatro pelo Campeonato Paulista e um amistoso. O Coringão venceu quatro e perdeu um, marcou 13 e levou 7 gols.

INDEPENDÊNCIA

Clube do bairro do Ipiranga, disputou os Campeonatos Paulistas entre 1926 a 1929 organizados pela LAF, sendo que em 1927 o clube usou o nome Clube Atlético Sant´Anna, voltando ao nome original no certame a seguir. O único encontro com o Corinthians aconteceu num amistoso em 1927, quando vencemos por 4 a 1.

 

 

JUVENTUS

Origem

Em 1924 foi fundado o Cotonifício Rodolfo Crespi F.C., fruto da fusão do Extra São Paulo e do Cavalheiro Crespi F.C., clubes tradicionais da várzea e que eram formados por empregados da fábrica de tecidos da família Crespi. Suas cores eram o preto, o branco e o vermelho.

Apenas em 1930 é que o nome é trocado para Clube Atlético Juventus, nome sugerido pelo Conde Rodolfo Crespi em homenagem à Juventus de Turim, na Itália. Surgiu então o impasse referente às cores do uniforme, sendo que novamente o Conde Rodolfo Crespi intercedeu e sugeriu que o clube fosse grená e branco, desta vez em homenagem ao Torino, o outro clube de Turim. Nascia assim um dos times considerados pequenos que mais deram dor de cabeça para o Corinthians.

Surge o apelido “Moleque Travesso”

O Juventus estréia no Campeonato Paulista de 1930, mesmo ano em que surge o apelido de “Moleque Travesso”, mantido até hoje. E não é que o Corinthians também faz parte desta história. É que em 14 de setembro de 1930 os dois times se enfrentaram no Parque São Jorge e o caçula Juventus venceu por 2 a 1. O resultado foi destacado pelo histórico jornalista Tomas Mazzoni, do jornal “A Gazeta Esportiva”, que escreveu que o time novato da Mooca havia feito uma travessura de um moleque que ousou vencer um gigante em seus próprios domínios.

Licença e retorno ao Campeonato Paulista

Com a instauração do profissionalismo, o Juventus se licencia das competições oficiais e muda de nome para Clube Atlético Fiorentino, disputando o Campeonato Paulista Amador em 1933 e 1934. Com um time forte, conquista de forma invicta o campeonato amador estadual em 1934. O Juventus volta a disputar o Campeonato Paulista profissional da Liga Paulista de Futebol em 1935 e é um dos fundadores da atual Federação Paulista de Futebol. O time ganha projeção no futebol estadual graças às suas freqüentes peripécias ao vencer os grandes times do estado no decorrer dos anos, caracterizando-se como um adversário chato de enfrentar.

Nasce a parte social

Em 1962 o Juventus investe na construção de um amplo clube social, tornando-se um dos maiores no Brasil entre as décadas de 1970 a 1990. Com o encarecimento do futebol, o “Moleque Travesso” sentiu no bolso e começou a sofrer para manter este departamento, principalmente a partir da década de 1990.

Campeonato Paulista – conquistas e tempos difíceis

Suas melhores colocações no Campeonato Paulista foram o 4º. lugar em 1943 e em 2002, sendo que em 2002 o torneio não contou com a presença dos times considerados grandes, que disputaram o Rio-São Paulo. Infelizmente o Juventus tem seis rebaixamentos na sua história (da primeira para a segunda divisão em 1954, 1993, 1998, 204 e 2008, e da segunda para a terceira em 2009). Sua galeria de títulos é formada pelas conquistas de Campeão Brasileiro da segunda divisão em 1983, Paulista da segunda divisão em 1925 e da Série A-2 do Paulista em 2005, Copa Paulista em 2007, Torneio Início em 1986, Torneio de Classificação do Campeonato Paulista em 1971, Taça Pacaembu em 1940, Torneio Jânio Quadros em 1953 e o Torneio Internacional do Japão em 1974.

Corinthians x Juventus

O primeiro confronto foi no Campeonato Paulista de 1930 e o Corinthians venceu por 5 a 0. Desde então, as duas equipes se enfrentaram em 142 oportunidades, com 81 vitórias alvinegras, 41 empates e 20 vitórias juventinas. O Timão marcou 310 vezes e o “Moleque Travesso” 159 gols.

Por onde anda

As quedas sucessivas do Juventus o fizeram sumir do cenário do futebol paulista e brasileiro. O clube da Mooca disputou em 2010 a Série A-3 do Campeonato Paulista, chegando até a segunda fase, que era dividida em dois grupos de quatro equipes. O Juventus ficou em quarto na sua chave e não alcançou o acesso.

Por enquanto é só, semana que vem voltaremos com a parte 3 desses clubes que passaram por nossa história mais que preta e branca!

Imagens: Acervo Paulo Unzelte

Por Onde Anda – Parte 1/3

A história do Corinthians é feita por vários adversários que sumiram do cenário do futebol brasileiro. Eu mesmo sou capaz de lembrar de vários times sem muito esforço. A razão disto é sou do tempo dos campeonatos brasileiros com quase 100 clubes, nos idos da década de 1970, época em que o conhecimento sobre os times e suas cidades de origem acabavam me ajudando nas aulas de geografia. A série de matérias que inicio hoje é uma espécie “que fim levou” ou “Por Onde Anda” dos times que normalmente é utilizado para ex-craques por programas de tevê e sites. Para começar, vou destacar os clubes da cidade de São Paulo do primórdio. Como disse abtes, será uma série de matérias devido à grande quantidade de equipes. Decidi dividir entre clubes da cidade de São Paulo do primórdio (que disputaram o Paulistão na década de 1910), clubes da cidade de São Paulo (a partir da década de 1920), do estado de São Paulo e do Brasil. Uma boa viagem no tempo e assim espero estar prestando uma homenagem ao futebol.

Paulistano

Fundado em dezembro de 1900, o Paulistano era um dos muitos representantes da elite paulistana e foi o primeiro grande time do estado. Fundador da Liga Paulista, entidade que regeu os primeiros campeonatos estaduais, liderou em 1913 a primeira cisão das ligas e participou da criação da APEA – Associação Paulista de Esportes Atléticos. A razão foi simples: o Paulistano discordava da popularização do futebol e se negou a disputar campeonatos com os times da plebe Corinthians e o Ypiranga.

Apesar de não jogar contra por estarem em ligas diferentes, o Paulistano tornou-se um dos primeiros rivais devido à sua arrogância. O cúmulo aconteceu em 1915, quando o Corinthians estava escrito na LPF – Liga Paulista de Futebol* – e recebeu o convite para disputar a APEA, que era dominada pela burguesia representada principalmente pelo Paulistano. Na hora “do vamos ver”, a APEA negou o ingresso do Timão e a LPF não deixou o clube regressar. O Corinthians ficou 1915 sem disputar o casmpeonato e passou um perrengue danado, quase fechando as suas portas. O Coringão voltou em 1916, mas só enfrentou os “almofadinhas” do Paulistano pela primeira vez em 1917, já valendo pelo Campeonato Paulista daquele ano. A última vez que se enfrentaram foi pelo Paulista de 1927, época em que o alvinegro já contava com o respeito do Paulistano, pelo menos dentro de campo. O Paulistano era fiel às suas raízes amadoras do futebol e foi contrário à profissionalização, tanto que fundou a Liga dos Amadores de Futebol (LAF). Mas o caminho da profisisonalização não tinha volta e o Paulistano decide fechar seu departamento de futebol em 1929. No total conquistou onze campeonatos paulistas e até hoje é o único clube paulista a ser tetracampeão paulista consecutivo (1916 a 1919). Sem ter o Paulistano, grande parte dos jogadores do time e alguns membros da diretoria fundaram o São Paulo da Floresta, que posteriormente se transformaria no São Paulo atual. Meu avô, Paulo Unzelte, nos contava que era torcedor do Paulistano e que quando o time acabou, ele foi torcer para o São Paulo.

 

Atualmente o Paulistano é um dos clubes sociais mais tradicionais, caros e exclusivos de São Paulo.

 

Confrontos com o Corinthians:

Partidas: 19

Vitórias do Corinthians: 8

Empates: 2

Derrotas do Corinthians: 9

Gols do Corinthians: 25

Gols do Paulistano: 29

*Na época era chamada de Liga Paulista de Foot-ball

 

 

A.A.Palmeiras

Esta A.A.Palmeiras não tem nada haver com o atual Palmeiras, apesar que o nome atual do nosso maior rival ser uma homenagem para este clube, graças à ajuda recebida para entrar no Campeonato Paulista de 1916. A A.A.Palmeiras foi fundada em 9 de novembro de 1902 e era outro nobre representante da elite paulistano no começo do século. O maior exemplo é que até 1915, só jogava pelo clube quem fosse engenheiro, bacharel de direito ou doutorando. O pior é que na época havia pouquíssimas faculdades e somente os ricos de muitas posses é que estudavam até o grau superior. Outro detalhe interessante é que até entrar para a Liga em 1904, a A.A.Palmeiras não jogava na várzea, mas sim contra os segundos quadros dos times que disputavam o campeonato oficial, que também eram da elite. O clube também foi contrário à popularização do futebol e apoiou todas as manobras contra o Coringão. A primeira vez que encaramos a A.A.Palmeiras foi em 1915 e desde então eles viraram fregueses de carteirinha. Apesar de ser contra a profissionalização do futebol, a Palmeiras ainda tenta se adaptar à situação e disputa os Campeonatos Paulistas até 1929. O clube acaba extinto em 1930. Com o seu fechamento, alguns jogadores e diretores se uniram aos pessoal restante do Paulistano e ajudam a fundar o São Paulo da Floresta. Inclusive, o Estádio da Floresta era propriedade da A.A.Palmeiras.

Confrontos com o Corinthians:

Partidas: 17

Vitórias do Corinthians: 15

Empates: 1

Derrotas do Corinthians: 1

Gols do Corinthians: 55

Gols da A.A.Palmeiras: 18

 

Internacional

Seu nome é em homenagem por ter sido fundado por pessoas de várias nacionalidades. Aliás, o Internacional era o único clube que aceitava jogadores e sócios nascidos nos mais diferentes países, diferenciando-se dos seus adversários da época que representavam na maioria das vezes uma determinada colônia. A sua tradição, os dois títulos paulistas conquistados e a disputa de 29 campeonatos estaduais não foram capazes de evitar o seu fim, que chegou quando o Internacional se funde ao Antarctica Futebol Clube e dá origem ao Clube Atlético Paulista. O seu grande legado no futebol brasileiro foi que um dos seus fundadores também fundou o Internacional de Porto Alegre. Foi uma pena que o Internacional tenha acabado, pois ele era um freguês dos bons do Coringão! A única vitória da equipe sobre nós foi no primeiro confronto, que acabou 3 a 1 pelo Campeonato Paulista de 1913. Depois foram mais 18 partidas, sendo que a última aconteceu pelo estadual de 1932. A média de gols do Timão é de 6,42 por partida, que tiveram goleadas de 6 a 1 e 9 a 0 em duas ocasiões, além de 6 a 2, 7 a 0, 7 a 1, 7 a 2, 8 a 1, e 12 a 2 em uma oportunidade.

Confrontos com o Corinthians:

Partidas: 26

Vitórias do Corinthians: 19

Empates: 6

Derrotas do Corinthians: 1

Gols do Corinthians: 122

Gols do Internacional: 32

 

Germânia

Nasceu de uma dissidência do Internacional, já que alguns presentes na fundação do Internacional não concordaram com um clube plural em nacionalidades e decidiu fundar uma entidade que representasse a colônia alemã. O Germânia conquistou o campeonato paulista em duas oportunidades: 1906 e 1915, tendo diputado o torneio em 26 oportunidades. Foi outra vítima da profissionalização do futebol, sendo que disputou seu último campeonato em 1932, abandonando as competições no ano seguinte. Desde então tornou-se apenas um clube social e destinado para esportes amadores. No futebol, era outro freguezão do Corinthians, já que a única partida que perdemos para o Germânia foi a primeira vez que o enfrentamos, em 1913, com o resultado de 3 a 1. Depois, o melhor resultado conquistado por eles foi um empatizinho em 1916, além de 16 derrotas.

O Germânia foi obrigado a trocar de nome no decorrer da Segunda Guerra Mundial, pois o governo brasileiro proibiu que associações dos mais diversos segmentos ostentassem nomes de outros países. Desde então, o Germânia passou a se chamar Esporte Clube Pinheiros. Hoje é um clube social exclusivo e um dos maiores celeiros em diversos esportes amadores no Brasil, sendo responsável por uma parte importante das delegações nacionais nos últimos Jogos Olímpicos.

Confrontos com o Corinthians:

Partidas: 18

Vitórias do Corinthians: 16

Empates: 1

Derrotas do Corinthians: 1

Gols do Corinthians: 68

Gols do Germânia: 15

 

Mackenzie

Era basicamente formado por alunos da Universidade Mackenzie. Entrou para história por ser o primeiro clube fundado por brasileiros no Brasil e para a prática do futebol. Ainda disputou em 3 de maio de 1902 o primeiro jogo oficial da história do futebol paulista e brasileiro, quando o Mackenzie venceu o Germânia por 3 a 2. É de um jogador do Mackenzie o primeiro gol oficial do futebol brasileiro, marcado por Eppingaux. Nunca conquistou um Campeonato Paulista. O Corinthians enfrentou o Mackenzie em apenas oito oportunidades, sendo que a primeira foi no empate em 0 a 0 pelo Paulistão de 1917. O lado positivo é que os outros sete confrontos acabaram com a vitória dos Mosqueteiros, sendo que nas últimas duaz vezes o Coringão deu uma de professores exigente e castigou os alunos do Mackenzie por 7 a 0 e 8 a 0. Em 1920 o Mackenzie se junta à Portuguesa, a mesma de hoje em dia, e passa a se chamar Mack-Port. A união durou três anos e com o “fim do casamento”, decide abandonar o futebol oficial.

 

Confrontos com o Corinthians:

Partidas: 8

Vitórias do Corinthians: 7

Empates: 1

Derrotas do Corinthians: 0

Gols do Corinthians: 34

Gols do Mackenzie: 4

 

Ypiranga

Fundado inicialmente no centro da cidade de São Paulo para jogar na Várzea, o Ypiranga só se muda para o bairro homônimo em 1932 após quatro time de pouca expressão se juntarem a ele. Foi um dos primeiros times que não tinha associação às elites, tornando-o muito popular e querido nas décadas de 1900 e 1910. Era um tradicional adversário do Timão até o final da década de 1950. No total, Corinthians e Ypiranga se enfrentaram em 81 vezes, sendo que a primeira foi um empate em 1 a 1 pelo Campeonato Paulista de 1913. O Ypiranga – que atualmente é mais conhecido como Clube Atlético Ypiranga – é um dos fundadores da Federação Paulista de Futebol. O “Vovô da Colina”, como é conhecido, se caracterizou pelos grandes jogadores que vestiram a sua camisa, com destaque para o goleiro Barbosa, titular do Brasil na Copa do Mundo de 1950, Arthur Friedenreich (El Tigre), nosso ídolo Grané, o goleiro Osvaldo Baliza, “Doutor” Rubens, Liminha, Bibe, Homero (outro grande ídolo do Timão), Dema, Cilas, Nenê e Valdemar Carabina. O Ypiranga nunca foi campeão paulista, tendo disputado o Campeonato Paulista até 1959, ano em que foi rebaixado para a Segundona. Graças a uma grave crise financeira, que já havia obrigado o Ypiranga a abrir mão até do seu estádio, a diretoria resolveu desativar o deparatamento de futebol profissional. Hoje, o Clube Atlético Ypiranga é um clube social.

Confrontos com o Corinthians:

Partidas: 81

Vitórias do Corinthians: 61

Empates: 9

Derrotas do Corinthians: 11

Gols do Corinthians: 221

Gols do Ypiranga: 101

 

EQUIPES DE MENOR EXPRESSÃO

Alumni

Fundado em 1916, disputou o Campeonato Paulista do mesmo ano organizado pela LPF (Liga Paulista de Futebol), quando enfrentou o Corinthians e tomou um “sacode” de 6 a 0. Deixou de disputar torneios oficiais em 1917.

 

Americano

Fundado em 1903 na cidade de Santos, transferiu sua sede para a cidade de São Paulo posteriormente. Jogou o Campeonato Paulista pela primeira vez em 1907 e conquistou o torneio duas vezes (1912 e 1913). O estranho é que o clube se retira dos campeonatos oficiais um ano após conquistar o segundo campeonato paulista e só retorna em 1916, disputando em 1917 uma Segunda Divisão e se retirando de vez em 1918. Enfrentou o Corinthians em quatro oportunidades, sempre pelo Campeonato Paulista, sendo que o Timão venceu as duas em 1916, empatando uma e perdendo outra em 1913.

 

Campos Eliseos

Time de bairro que disputou os Paulistas organizados pela LPF (Liga Paulista de Futebol) em 1914, 1915 e 1916. Não era dos piores times, pois foi duas vezes vice-campeão (1914 e 1916) e um quarto lugar (1916). O Corinthians jogou e venceu o Campos Eliseos em três oportunidades, sendo duas vezes em 1914 e uma em 1916.

 Lusitano

O Lusitano Futebol Clube foi um dos primeiros times da colônia portuguesa em São Paulo. Sua maior contribuição é que este clube serviu como exemplo para que outros desportistas da colônia fundassem a Portuguesa. O Lusitano é mais um time daqueles que disputaram os Campeonatos Paulistas de 1914, 1915 e 1916 pela LPF. O Corinthians o enfrentou em cinco oportunidades, vencendo três vezes pelo Campeonato Paulista e vencendo mais uma e empatado outra nos amistosos.

 

Minas Gerais

Seu nome é em homenagem ao encouraçado Minas Gerais, orgulho da marinha brasileira na época. O Minas Gerais faz parte da história do Corinthians indiretamente, pois foi o primeiro adversário na seletiva que o Timão teve de jogar para ganhar o direito de disputar o Campeonato Paulista de 1913. O Minas Gerais era um time tradicional do bairro do Brás e já enfrentava o Coringão desde os tempos da várzea. O primeiro confronto foi em 1912 e no geral houve 19 partidas entre as duas equipes, sendo que o Corinthians venceu 16, empatou uma e em nos dois primeiros desafios, ainsa na várzea, não se sabe o resultado. Mudou de nome diversas vezes, tendo passado a chamar-se Bráz Athletic Club em 1924, Auto Sport Club em 1925, junta-se ao Audax em 1927 e forma o Auto-Audax, até, finalmente, encerrar as atividades como Americano – nome que passou a ser usado ainda em 1927.

 

Paysandu

Mais um mero coadjuvante no futebol paulista, pois disputou somente o Campeonato Paulista de 1916. Enfrentou o Corinthians duas vezes, tendo perdido de forma digna pelos placares de 2 a 1 num amistoso e 2 a 0 pelo Campeonato Paulista.

 

A.A.São Bento

Fundada pelo padre Katon, professor do Ginásio São Bento (onde hoje há a igreja de São Bento, no centro da cidade), em 1914, a A.A.São Bento conquistou os Campeonatos Paulistas de 1914 e 1925. Disputou o campeonato estadual até 1933, quando extingiu o time para disputas oficiais. Enfrentou o Corinthians em 29 oportunidades, sendo a primeira ocasião pelo Paulistão de 1917. O Timão venceu 25, empatou duas e perdeu somente duas. A pergunta que ficou é: será que era pecado vencer tanto o time do padre?

 

União Lapa

Outro adversário do Corinthians dos tempos de várzea. Pelo Campeonato Paulista, União Lapa e Corinthians só se enfrentaram em 1916, com vitória corintiana por 3 a 1. Se o assunto for a várzea, houve outros dois confrontos: um em 1910 e outro em 1911, sendo que cada time conquistou uma vitória. O União Lapa disputou a Segunda Divisão do Paulista em 1917, 1919 e 1920 e de 1926 a 1930, quando encerrando as suas atividades.

Imagens: Acervo Hugorkut

 

 

Já faz tempo que nós invadimos a sua praia!

 

Quarta-feira, 22 de setembro de 2010, o Corinthians vence o Santos em plena Vila Belmiro por 3 a 2, jogando bola de gente grande e isolando-se na liderança do Brasileirão. Inspirado pela bela apresentação do Timão, decidi destacar uma das mais belas páginas dos confrontos contra o Santos. Espero que gostem!

A primeira invasão dos bravos guerreiros corintianos:

O primeiro confronto entre Corinthians e Santos aconteceu no remoto ano de 1913, em 22 de junho, o que torna o clássico o mais antigo do futebol paulista. Nesta partida, disputada no Parque Antárctica pelo primeiro turno do Campeonato Paulista, o time do litoral venceu-nos por 6 a 3. Porém, o que quero destacar nesta semana é a partida disputada em 1931, mais precisamente no dia 4 de janeiro. O encontro valia o título paulista de 1930, já que o Corinthians chegara ao último jogo com oito pontos perdidos em todo o torneio, enquanto o Santos havia perdido 10 pontos, enquanto o São Paulo, terceiro colocado, já havia perdido 11 pontos.

O jogo virou um acontecimento nas duas cidades e a torcida corintiana deu a primeira demonstração em toda a história da sua força invasora. Só que para entendermos o esforço da corinthianada para ver o time campeão em Santos, é preciso um pequeno exercício de imaginação. O caminho que fazemos atualmente em 50 minutos para chegar a Santos era feito em horas. Pouquíssimas pessoas possuíam carro e o trem era a única opção para chegar à cidade praiana. Mas nem estas dificuldades impediram a nossa primeira invasão! A epopeia alvinegra foi descrita com exatidão por Tan-tan, um dos maiores torcedor símbolo do Coringão em todos os tempos e que participou da aventura, para a revista Placar – Especial As Grandes Torcidas do Brasil (abril de 1979). Tan-tan comparou a “Invasão a Santos” com a histórica “Invasão ao Maracanã de 1976” da seguinte forma: “Guardadas as proporções, essa euforia de hoje é até brincadeira perto do que fizemos naquele domingo. Não existiam estradas boas, carro não era coisa para qualquer um, o dinheiro andava curto e ninguém fazia campanha por rádio. Era tudo no peito e na raça, e lotamos oito composições do trem que saia da estação da Luz e do Brás. Cada uma das composições levava dez vagões e não tinha espaço para mais ninguém”.

Tan-Tan continua dando mais detalhes valiosos: “O preço da passagem era três mil réis, ida e volta, e fazia um calor dos diabos. Coisa de 40 graus. As arquibancadas eram de madeira e estalavam como gravetos no fogo. Os bombeiros precisavam jogar muita água na torcida e na madeira, para que muita gente não morresse de insolação ou queimada num grande incêndio”. O torcedor símbolo detalha a partida e a festa: “Com 5 a 2 para o Corinthians, resultado final da partida, invadimos o campo e a festa começou lá mesmo, terminando em São Paulo, já no dia seguinte”.

Quarta-feira, 22 de setembro de 2010, o Corinthians vence o Santos em plena Vila Belmiro por 3 a 2, jogando bola de gente grande e isolando-se na liderança do Brasileirão. Inspirado pela bela apresentação do Timão, decidi destacar uma das mais belas páginas dos confrontos contra o Santos. Espero que gostem!

 

 

A primeira invasão dos bravos guerreiros corintianos:

 

O primeiro confronto entre Corinthians e Santos aconteceu no remoto ano de 1913, em 22 de junho, o que torna o clássico o mais antigo do futebol paulista. Nesta partida, disputada no Parque Antárctica pelo primeiro turno do Campeonato Paulista, o time do litoral venceu-nos por 6 a 3. Porém, o que quero destacar nesta semana é a partida disputada em 1931, mais precisamente no dia 4 de janeiro. O encontro valia o título paulista de 1930, já que o Corinthians chegara ao último jogo com oito pontos perdidos em todo o torneio, enquanto o Santos havia perdido 10 pontos, enquanto o São Paulo, terceiro colocado, já havia perdido 11 pontos.

 

O jogo virou um acontecimento nas duas cidades e a torcida corintiana deu a primeira demonstração em toda a história da sua força invasora. Só que para entendermos o esforço da corinthianada para ver o time campeão em Santos, é preciso um pequeno exercício de imaginação. O caminho que fazemos atualmente em 50 minutos para chegar a Santos era feito em horas. Pouquíssimas pessoas possuíam carro e o trem era a única opção para chegar à cidade praiana. Mas nem estas dificuldades impediram a nossa primeira invasão! A epopeia alvinegra foi descrita com exatidão por Tan-tan, um dos maiores torcedor símbolo do Coringão em todos os tempos e que participou da aventura, para a revista Placar – Especial As Grandes Torcidas do Brasil (abril de 1979). Tan-tan comparou a “Invasão a Santos” com a histórica “Invasão ao Maracanã de 1976” da seguinte forma: “Guardadas as proporções, essa euforia de hoje é até brincadeira perto do que fizemos naquele domingo. Não existiam estradas boas, carro não era coisa para qualquer um, o dinheiro andava curto e ninguém fazia campanha por rádio. Era tudo no peito e na raça, e lotamos oito composições do trem que saia da estação da Luz e do Brás. Cada uma das composições levava dez vagões e não tinha espaço para mais ninguém”.

 

Tan-Tan continua dando mais detalhes valiosos: “O preço da passagem era três mil réis, ida e volta, e fazia um calor dos diabos. Coisa de 40 graus. As arquibancadas eram de madeira e estalavam como gravetos no fogo. Os bombeiros precisavam jogar muita água na torcida e na madeira, para que muita gente não morresse de insolação ou queimada num grande incêndio”. O torcedor símbolo detalha a partida e a festa: “Com 5 a 2 para o Corinthians, resultado final da partida, invadimos o campo e a festa começou lá mesmo, terminando em São Paulo, já no dia seguinte”.

 

 

Morrer pelo Corinthians

Tan-Tan finaliza chegando ao ápice da peregrinação corintiana: “Pegamos o trem de volta e muitos torcedores vieram em cima dos vagões, sem camisa e cantando. A estação da Luz estava abarrotada de gente com rojões e bandeirolas. A festa durou muitas horas e eu sei que muitos daqueles torcedores que voltaram em cima do trem morreram de pneumonia e de tuberculose, vítimas do vento e do calor das máquinas”.

Como a Gazeta Esportiva Ilustrada descreveu a presença de público

Vale a pena ressaltar ainda os textos publicados pelo jornal no dia 5 de janeiro de 1931: “Para se ter uma ideia do que foi esse embate basta que se diga que tendo sido abertos ao meio-dia os portões do campo, já às 13 horas podia-se calcular em cerca de 10.000 pessoas a compacta assistência que se espraiava pelas enormes de pendências do “estadinho” do Santos. E os bondes, sempre apinhados, continuavam a conduzir gente para a Villa Belmiro! (sic)”

Na continuação, a Gazeta Esportiva destaca o confronto entre os segundos quadros das duas equipes, que acabou em 2 a 1 para o Santos e retorno ao assunto público. “-A assistência é formidável. Cerca de 20.000 pessoas comprimem-se ao redor do tapete verde do “estadinho” da Villa Belmiro. As equipes entram em campo e a assistência treme de enthusiasmo” (sic). O fim de jogo é descrito: “Ao apito do juiz, dando por findo o jogo, os associados e torcedores do grêmio paulistano, que já se acham dentro do campo, juntamente com muitos outros que entraram depois, carregam em triumpho os campeões paulistas de 1930” (sic).

Para nunca esquecermos os heróis desta conquista, disponibilizo a ficha técnica da partida:

Santos 2 x 5 Corinthians

Campeonato Paulista / Segundo Turno / domingo, 4 de janeiro de 1931 (tarde),

Estádio: Vila Belmiro (Santos)

Juiz: Victorino Silvestre (Internacional – na época, os juizes eram representantes dos times concorrentes no campeonato)

Público: cerca de 20.000

Santos: Athiê, Aristides e Meira; Oswaldo, Hugo e Alfredo; Omar, Camarão, Feitiço, Victor e Evangelista

Técnico: não disponível

Corinthians: Tuffy, Grané e Del Debbio; Leone, Guimarães e Munhoz; Filó, Napoli, Gambinha, Rato e De Maria

Técnico: Virgílio Montarini

Gols: Feitiço 2, Gambinha 20 e Filó 27 do 1º., De Maria 14, Gambinha 16, Napoli 27 e Victor 35 do 2º.

 

Obs: com este resultado, o Corinthians sagrou-se tricampeão paulista de 1928, 1929 e 1930. É o oitavo título paulista e o segundo tricampeonato de sua história.

Fonte: Almanaque do Corinthians de Celso Dario Unzelte (meu irmão!)

A história da contratação do craque que virou mico e do contrapeso que virou ídolo!

 

Por Paulo Unzelte

 

Foi em maio de 1951 que uma das histórias mais pitorescas do Corinthians aconteceu. Tudo começou quando o alvinegro se interessou em contratar o meia Ciciá, do Jabaquara (time da cidade de Santos), que havia sido considerado uma das principais revelações do Paulistão de 1950. Vários clubes concorriam pelo passe de Cicia, inclusive nosso principais rivais, mas, o Coringão foi mais esperto e fechou negócio com o Jabaquara. Só que quando tudo parecia certo, aconteceu um dilema: O Jabaquara só venderia Ciciá se o Corinthians também contratasse um jovem goleiro chamado Gilmar. Os dirigentes corintianos no início se negaram a ceder às pressões do time do litoral e chegaram a desfazer o negócio com o meia.

Não demorou muito para que o Corinthians voltasse a conversar com Jabaquara, motivado pelos problemas que enfrentava em renovar os contratos dos seus goleiros (o titular Cabeção e o reserva imediato Bino), a contratação de Gilmar seria usada para colocar pressão para que os outros goleiros se “tocassem” e diminuíssem suas propostas para permanecer no clube. Na prática, a chegada de Gilmar serviu para a saída do veterano Bino do Timão. Em termos de condições técnicas, Gilmar não passava de uma promessa e era desconhecido pela maioria dos torcedores. O próprio Gilmar comentou a surpresa da possibilidade de ir para o Corinthians em entrevista para o MIS – Museu da Imagem e do Som: “O presidente do Jabaquara me chamou e disse que eu poderia ir pro Corinthians. Fiquei feliz, pois o Jabaquara havia levado algumas goleadas no Paulista de 1950 comigo no gol e mesmo assim eu era considerado o melhor em campo por ter evitado outros muitos gols no mesmo jogo. Mas eu era muito jovem e havia jogado pouco como titular do próprio Jabaquara”.

O grande nome da negociação, era sem dúvida um mulatinho esbelto de nome Ciciá. O jornal “O Esporte” e a “Revista do Corinthians” anunciaram a chegada de Cicia como um jogador que tocava os “sete instrumentos”, pois ele jogava de centro-médio, médio direito e médio esquerdo, além de jogar no ataque – principalmente na meia-direita, sua posição de origem. A “Revista do Corinthians” cravou sem medo: Ciciá está destinado a brilhar na defesa das nossas cores. Como curiosidade, os jogadores declararam à reportagem da “Revista do Corinthians” sua satisfação de chegar ao clube. Gilmar disse: “Estou num grande clube e espero corresponder às expectativas. Vamos tudo fazer para sermos campeões paulistas”. Já Cicia teve mais espaço na matéria: “Até parece um sonho que sou profissional do Corinthians! Tudo que a gente fizer por este grande e glorioso clube faz pouco, porque ele faz muito por nós”, completando com uma verdadeira pérola: “ Sempre considerei o Corinthians um dos melhores conjuntos dos nossos gramados. O que lhe tem faltado é um pouco de chance, mas este ano (1951), não por ter-me contratado, penso, será o ano da grande satisfação dos corintianos”.

Na hora que a bola rolou, o craque Cicia se transformou em mico – tendo atuado em apenas dois jogos e não marcou. Já o contrapeso Gilmar transformou-me num dos maiores nomes da história do Corinthians, tendo atuado em 395 jogos, conquistando o título do Rio-São Paulo de 1954 e os Campeonatos Paulistas de 1951/52 e 1954, além das Copas do Mundo de 1958 e 1962 pelo Brasil.

Stock Car: Carro do Corinthians quebra, mas rival também fica de fora.

 

Por Danilo Troncoso

Foto: Vanderley Soares/MS2

Foto: Vanderley Soares/MS2

Um típico acidente de corrida, que cá para nós poderia ser evitado, impossibilitou o piloto Ricardo Zonta de brigar pela vitória na “Corrida do Milhão” que ocorreu na semana passada (04 de setembro) no autódromo de Interlagos em São Paulo. Com o carro do centenário e pela equipe RZ Corinthians Motorsport, o piloto do Corinthians foi atingido na 15ª volta por Xandinho Negrão no fim da reta oposta. Após o choque o seu equipamento sofreu danos irreversíveis e diante da extensão desses foi obrigado a abandonar a prova alguns metros depois do local da batida.
Xandinho Negrão, por sua vez, foi excluído da etapa pela direção de prova poucos minutos depois.

“Alguns pilotos não medem a consequência do que fazem na pista durante uma tentativa de ultrapassagem, tanto que pelo toque ele (Xandinho) foi excluído direto, mas, infelizmente coisas que acontecem na corrida. Agora, vamos trabalhar para a próxima”, lamentou Zonta.

Mais uma vez a festa antes e depois da prova ficou por conta da torcida do Corinthians, que o apelidou o piloto de “Zonta da Fiel” durante visitação aos boxes, o outro piloto do time corinthiano, Antonio Jorge Neto, “salvou” a honra da nação alvinegra ao terminar em 15º e somar um ponto. Após a prova justificou ter enfrentado problemas no seu pit stop: “Foi uma corrida longa e difícil. Corri com a cabeça, pois sabia que ia ter muita confusão, uma pena que nos boxes acabamos no primeiro pit não abastecendo tudo que tinha, pois o bocal da garrafa desencaixou e faltou oito litros. Não fosse isso, poderíamos ter ficado entre os dez, o que seria um resultado melhor e eu tive que fazer uma outra parada no final. O carro era muito bom e na parte final da corrida era o mais rápido da pista, mas acabou esse problema comprometendo a corrida. Foi bom, mas poderia ter sido melhor”, completou Neto, que compete com o carro número 15.

Por fim, Neto celebrou o fato de terminar à frente dos carros do arquirrival e Zonta avaliou como positiva a entrada do Palmeiras na categoria, após ter sido o pioneiro ao trazer o Timão às pistas. “A disputa entre os times é muito saudável, e temos que torcer para que outros possam aderir a Stock Car. Isso é mais uma atração legal para quem está assistindo em casa, sem contar que hoje tivemos as duas torcidas aqui vibrando a cada ação dos carros”.

A próxima etapa da Stock Car está marcada para dia 19 de setembro, em Campo Grande.

Corinthians x Noroeste, o confronto dos centenários!

 

Por Paulo Unzelte 

 A coincidência nas datas da fundação do Corinthians e do Esporte Clube Noroeste, de Bauru, ambos fundados em 1º de setembro de 2010, me fez contar um pouco da história dos confrontos entre os dois clubes centenários. O simpático clube do interior, atravessou nos últimos anos um período de instabilidade e é atualmente lembrado pela maioria dos torcedores como o time administrado pelo Sr. Damião Garcia, proprietário da Kalunga e assumidamente corinthiano também.

Só que o passado do Norusca é glorioso, com destaque para as conquistas da segunda divisão do Campeonato Paulista de 1953, 1970 e 1984, e mais recentemente as conquistas do acesso para a Primeirona do Paulistão em 2004 e 2010.

Referente aos confrontos entre o Corinthians e o Noroeste, o Coringão leva uma boa vantagem:

Dos 60 jogos disputados, o alvinegro venceu 31, empatou 11 e perdeu 18.

Só que estes números escondem um pouco da realidade, pois desde os anos de 1950 que o Timão sofre para vencer em Bauru. Era tão difícil jogar lá, que quem viveu este período cita como principais “asas negras” do Corinthians o Noroeste e o Juventus.

A primeira partida entre as duas equipes foi em 21 de abril de 1949, Corinthians 4 x 2 Noroeste, no estádio Alfredo de Castilho, em Bauru, com gols de Baltazar, Hélio, Colombo e Servílio para o Timão e Laércio e Lamônica para os donos da casa.

Das 31 vitórias alvinegras, 21 foram conquistadas em São Paulo, 9 em Bauru e a última em Presidente Prudente. Dos 11 empates, foram sete em Bauru e quatro em São Paulo.

A maioria das derrotas aconteceu em Bauru, já que em 16 vezes o nosso Coringão voltou com a cabeça quente de lá. Apenas em duas oportunidades o Norusca ganhou aqui em São Paulo, sendo uma no Parque São Jorge (16/10/1966, 3 x 4 Noroeste – resultado que custou cara para o goleiro corintiano Heitor, que foi proibido de entrar no clube após seus franguinhos sofridos nesta partida) e a outro no Pacaembu (11/04/1976, 0 x 2 Noroeste).

Outras derrotas históricas foram as de 27/01/1990, logo na primeira rodada do Paulistão, por 1 x 0, esta foi a única partida que o Coringão perdeu no torneio inteiro, e mais recente o 3 x 2 de 06/04/2008, resultado que desclassificou o Corinthians da fase decisiva do Paulistão.

Em compensação o Corinthians pode gabar-se de ter goleado o Norusca em 10 ocasiões (utilizo como goleada quando o time vence por três ou mais gols o seu adversário), sendo que as mais expressivas foram as seguintes: em 13/10/1954, Corinthians 5 x 0, e em 02/09/1962, 28/11/1965 e 25/05/1977, todos por 5 x 1.

O último encontro foi no Campeonato Paulista de 2009, em 25/02, mas sem o mesmo “glamour” de antigamente, tanto que a partida foi disputada em Presidente Prudente – por causa da esperança de se conseguir uma renda maior – e o Coringão venceu por 2 x 0, gols de Douglas e Otacílio Neto, ambos no segundo tempo.

Infelizmente no ano dos centenários dos clubes o Noroeste estava disputando a Segundona do estadual, porém anote aí na sua agenda que em 2011 o encontro entre Noroeste e Corinthians volta a acontecer no Paulistão.

CONFRONTOS CORINTHIANS X NOROESTE:

J: 60 VC: 31 E: 11 VN: 18 GC: 112 GN: 73

Voz Da Arquibancada

 

Por Brunão B11

Rapaziada, confesso que ainda estou de ressaca da Festa do Centenário, minha nossa! O “metrozão” bombando, o anhangabaú nunca viu tanta gente. Mas, “firmão”, a festa passou e já é hora de pensar em assumir essa liderança de vez. Para isso, o professor Adílson, precisa pensar em como vencer fora de casa, minha nossa! A campanha fora de casa é pífia, não podemos achar que empatar com o do Atlético Paranaense um bom resultado, temos que entrar para golear esses times inexpressivos.

Tirando isso, a arbitragem contra o nosso Corinthians tá uma vergonha, me lembra quando caímos, era questão de honra a arbitragem errar contra nós. Aquele que se acha acima do bem e do mal, Arnaldo César Coelho, ficou cerca de 35 minutos falando do pênalti do Ronaldo, falou até o arbitro escutar e apitar o pênalti mais ridículo que eu já vi nos últimos anos. Aliás, Sr. Arnaldo, se a mão na bola muda a trajetória da bola dentro da área é o que? Alguém viu a entrevista do “cara de pau” Bruno Mineiro após o jogo? Lamentando o pênalti que o juiz deu para o Corinthians, brincalhão, pode fazer Stand Up, que esse é “comédia”, nem risada ele deu.

Mas vamos lá, “sabadão é nóis”, Pacaembu 30 mil! Já era!

#VaiCorinthians

Os 100 centenários do Centenário

Por Paulo Unzelte

Sei que o título parece brincadeira de trava língua, mas não é. Ao chegarmos ao Centenário do Corinthians, o que para mim e para toda a nação alvinegra é o evento mais importante do ano, esquecemos do que teria acontecido a 100 anos pelo mundo. É o que apresento nesta matéria: 100 acontecimentos no mundo que também aconteceram em 1910. Prepare-se para esta verdadeira viagem no tempo!

O tema mais importante de todos:

1 – FUNDAÇÃO DO CORINTHIANS

Tema: Futebol

2 – Excursão do Corinthian Team, da Inglaterra, ao Brasil.

São fundados os seguintes clubes pelo mundo:

3 – Borussia Dortmund (Alemanha).

4 – Vélez Sársfield (Argentina).

5 – Marítimo (Portugal).

6 – Nacional da Ilha da Madeira (Portugal).

7 – Vitória de Setúbal (Portugal).

8 – Associazone Sportiva Varese (Itália).

9 – Chinezul S E Timisoara (Romênia).

10 – Godoy Cruz (Argentina).

11 – Club Deportivo Libertad (Argentina).

12 – Sport Club Farense (Portugal).

13 – St. Pauli (Alemanha).

14 – Steinkjer Fotball Klubb (Noruega).

15 – Camiseta celeste do Uruguai.

16 – Inauguração do estádio Old Trafford do Manchester United (Inglaterra).

17 – Primeiro jogo de futebol realizado em Santa Catarina: Ginásio Santa Catarina 2 x 1 Combinado dos Advogados.

Futebol / Brasil

São fundados os seguintes clubes no Brasil:

18 – Velo Clube Rioclarense.

19 – Noroeste de Bauru.

20 – Sport Club Grêmio Caxiense, de Caxias do Sul (RS).

Acontecimentos no futebol brasileiro

21 – A A.A.das Palmeiras é campeã paulista de 1910.

22 – O Botafogo F.R. é campeão carioca de 1910.

23 – Os artilheiros do Campeonato Paulista de 1910 são: Boyes (Clube Atlético São Paulo), Eurico (A.A.Palmeiras) e Rubens Sales (Paulistano) com 10 gols.

24 – Já o artilheiro do Campeonato Carioca foi Abelardo Delamare (Botafogo-F.R.) com 22 gols.

25 – Apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia tinham campeonatos estaduais.

Esportes

26 – Clube Esportivo Almirante Barrozo (PE), tradicional clube de remo.

Tema: Curiosidades (também conhecida como cultura inútil)

27 – O cometa Halley se aproxima da Terra.

28 – É criado o Conhaque Dreher.

29 – É fundada a Vinícola Salton.

30 – O corte chanel é criado.

31 – Legislação de trânsito no Brasil.

32 – Morre o maior touro do mundo nos EUA, conforme o Guiness Book.

33 – É fabricado o primeiro embrião do que seria um ônibus na cidade de São Paulo pela indústria de carruagens Irmãos Grassi.

34 – Primeira demonstração do kinetófono, cinematógrafo com som, inventado por Thomaz Edison.

35 – Terremoto causa a morte de cinco mil pessoas no Irã.

36 – Transmitida pela primeira vez uma ópera pelo rádio.

37 – Acaba a escravidão na China.

38 – Albert Fish, assassino que passou a ser conhecido como “Vampiro do Brooklyn”, comete seu primeiro crime.

39 – É criada a Diocese de Aracaju pelo Papa Pio X.

40 – Promulgação da Lei do Divórcio em Portugal.

41 – Criado o Serviço de Proteção ao Índio (SPI).

42 – Pio X era o Papa.

Tema: Aviação

43 – Acontece o primeiro desastre entre dois aviões, em Milão na Itália.

44 – É realizado o primeiro vôo em um avião na Austrália.

45 – Pela primeira vez é realizado um vôo a bordo de um hidro-avião.

46 – É realizado no mundo o primeiro vôo solo de uma mulher (Ray Monde de Laroche).

Tema: Nascimentos

47 – Compositor Adoniran Barbosa.

48 – Compositor Noel Rosa.

49 – Escritora Raquel de Queriroz.

50 – Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, lexicógrafo e escritor.

51 – Comediante Brandão Filho.

52 – Pagu, romancista, poetisa e cronista.

53 – Haroldo Lobo, compositor de sambas e marchinhas.

54 – O humorista Zé Fidélis.

55 – O criador do Nissin Miojo no Japão, Momofuku Ando (o que seríamos de nós sem o Miojo!!!)

56 – O filósofo e jurista Barsileiro Miguel Reale

57 – Nélson Cavaquinho, compositor.

58 – Compositor e caricaturista Nássara

59 – O cineasta japonês Akira Kurosawa.

60 – Escritor francês Jean Genet.

61 – Jacques Cousteau, oceanógrafo e estrela de documentários sobre a natureza.

62 – A religiosa Madre Teresa de Calcutá.

63 – O ex-presidente Tancredo Neves.

64 – João Goulart, ex-presidente.

65 – Ranieri Mazzilli, ex-presidente do Brasil que assumiu o cargo quando Jânio Quadros renunciou e João Goulart estava viajando em missão.

66 – Glória Stuart, a velhinha do filme Titanic.

67 – Joan Bennet, atriz norte-americana que tinha o título de “a rainha das mulheres fatais dos filmes Noir”.

68 – Sylvia Sidney, atriz norte-americana que ficou conhecida como “a dona dos olhos mais tristes de Hollywood”.

69 – Van Heflon: ator norte-americano ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante em 1942.

70 – Craque argentino Francisco Varalho, também conhecido como “Pancho Varallo”, considerado um dos maiores jogadores da história do Boca Juniors e último jogador a falecer, 30 de agosto de 2010, que havia disputado a final da Copa do Mundo de 1930.

71 – O alemão Konrad Zuse que é considerado o pai da computação moderna.

72 – O médium e escritor Chico Xavier.

73 – Dr. Howard W. Jones Jr, pioneiro da medicina reprodutiva. Quem não se lembra do bebê de proveta?

Tema: Falecimentos

74 – Escritor Leon Tolstoi,

75 – Joaquim Nabuco, político e diplomata brasileiro que apoiou e dedicou-se à causa abolicionista.

Tema: Política

76 – Nilo Peçanha era o presidente do Brasil até outubro de 1910.

77 – Hermes da Fonseca assumiu a presidência do Brasil em novembro de 1910.

78 – Antonio da Silva Prado era o prefeito de São Paulo.

79 – O presidente eleito do estado de São Paulo (título dado à época para o governador) era Manuel Joaquim de Albuquerque Lins.

80 – Manaus é surpreendida pela concorrência da borracha natural plantada e extraída da Ásia e perde o domínio da exportação da borracha mundial, iniciando a decadência econômica da região.

81 – Arizona e Novo México se convertem em estados dos EUA.

82 – O Japão ocupa e assume a Coréia

83 – Porfírio Diaz é eleito pela sétima e última vez presidente do México.

84 – É implantada a República Portuguesa.

85 – Acontece a Revolta das Chibatas, quando os marinheiros se rebelaram contra os castigos corporais.

86 – Dalai Lama deixa o Tibet e refugia-se na Índia.

Tema: Datas

87 – É instituído o “Dia Internacional da Mulher”.

88 – Tradição de comemorar o “Dia dos Pais” nos EUA.

89 – Chega ao Brasil o escotismo.

90 – É inaugurado o porto da cidade do Rio de Janeiro – RJ.

91 – Assembléias de Deus chegam ao Brasil.

Tema: Cidades

92 – É construído o viaduto Santa Efigênia.

93 – Itabuna, na Bahia.

94 – Araguari, em Minas Gerais.

95 – Brasiléia, no Acre.

96 – Município de Santo André, que na época constituía o bairro da estação, no município de São Bernardo, volta a utilizar o nome Santo André.

97 – É fundado bairro da Pompéia, casa do nosso maior rival…

98 – E já que o assunto é casa de rival, é fundado o bairro da Vila Belmiro, em Santos.

Grandes sucessos musicais da época

99- As músicas Estela (estilo: Marchinha), Meu casamento (Olhos de Veludo) (estilo: Chótis), O Monteiro no Sarilho (estilo: Polca) e Odeon (estilo: Tango).

100 – Cantores mais populares em 1910: Baiano, Cadete, Eduardo das Neves, Mário Pinheiro, Nozinho e Geraldo Magalhães.